“É livre a manifestação do pensamento e da expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sendo vedado o anonimato. (CF 88).”

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Reinaldo Azevedo, estranha nada! É a praxe!

Há anos eu bato na mesma tecla: o PT não gosta de investigar. Quando lhe convém, é claro. 


Reinaldo, não cabe ao Município, não cabe ao Governo do Estado  (RS) e não cabe à ninguém que se relacione com o PT.



 “Que gente estranha!” Ou: BNDES emprestou R$ 139 milhões a uma empresa inidônea. E nada de PT e PMDB permitirem investigação!

Então…

Vejam que beleza a CPI lá reunida.

A CGU e a Polícia Federal apontaram uma penca de fraudes da Delta já em 2010. Depois daquilo, a empresa celebrou mais de 30 contratos com o governo federal, somando quase R$ 800 milhões. Ontem, a mesma CGU declarou a construtora — a que mais recebeu por obras do PAC — inidônea.

Não obstante, nada de investigar a Delta Nacional! PT e PMDB não deixam. Pior ainda: depois daquela operação da CGU e da PF, o BNDES — um banco de fomento (!) — emprestou R$ 139 milhões à empresa, a juros camaradas. A diferença entre o valor que o governo paga na captação do dinheiro no mercado (Selic) e o juro subsidiado para os eleitos cai nas nossas costas. Somos, assim, meio sócios da Delta, entenderam? Mas não das viagens a Paris. Se bem que não dá para encarar uma boquinha da garrafa com lenço na cabeça…

A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) propôs ontem que se crie uma subcomissão para apurar as malandragens da Delta, também aquelas — a maior parte — que nada têm a ver com Carlinhos Cachoeira, mero operador da construtora no Centro-Oeste. E no resto do Brasil?
Imagino os correspondentes estrangeiros, especialmente os acostumados a democracias organizadas, ao se dar conta da realidade brasileira:
— “Que gente estranha essa! O próprio governo apura pilantragem numa empresa, mas celebra com ela um monte de negócios e ainda empresta dinheiro a juros subsidiados!”
— “Que gente estranha essa! O próprio governo, que tem mais de R$ 4 bilhões em contrato com a empresa, diz que ela é inidônea, e o Parlamento, que mantém uma comissão de inquérito, nega-se a investigar a dita-cuja”.

Por Reinaldo Azevedo




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“É preciso entender que as leis servem apenas para orientar a nossa convivência, como sociedade. Mas nosso comportamento como pessoas depende de nossos valores, do uso de nosso discernimento e da nossa liberdade. Não dependemos de governos, partidos e líderes para sermos honestos e verdadeiros. Os valores morais é que nos mostram o caminho do bem e da verdade, são eles que impedem o ser humano de praticar atos ilícitos. Quando não são importantes na vida das pessoas, não há sistema que impeça um lamaçal de corrupção e de maldades.

Caráter, consciência, amor à verdade e ao próximo, generosidade, fidelidade, responsabilidade, respeito ao alheio, senso de justiça, são essas as virtudes que comandam a vida pública. Abandoná-las é decisão pessoal. Toda culpa é pessoal. Ela é decorrente do mau uso da liberdade. A culpa é tão intransferível quanto as virtudes. Nossa luta é convencer nosso povo a se comportar de acordo com essa visão ética. Por isso devemos sempre querer que os culpados sejam punidos.” (Sandra Cavalcanti, professora e jornalista, foi deputada federal constituinte.- O Estado de S.Paulo)

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,os-culpados--devem-ser-punidos-,798388,0.htm